DIFERENÇAS NOTÁVEIS ENTRE Dn 7 E Dn 8
J LEMBRAR QUE ANTÍCOCO EPIFANES É FIGURA DO ANTICRISTO, E QUE A PROFECIA PODE TER DOIS ÂMBITOS: um , já cumprido na História e outro que ainda irá se realizar por ocasião do anticristo
Extr http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=35263&cat=Artigos
Importante: troca de ênfase no livro de Daniel entre os capítulos sete e oito:
(Daniel 7) Potências mundiais representadas por bestas imundas
(Daniel 8) Potências mundiais representadas pelos animais de sacrifício do serviço do santuário.
(Daniel 7) Escrito em aramaico um idioma gentio _
para ser lido pelo mundo gentio
(Daniel 8) Escrito em hebraico_ para ser lido pelos judeus.
(Daniel 7) A ênfase profética se dirige ao mundo inteiro
(Daniel 8) Enfatiza os serviços do santuário judaico.
Estas diferenças indicam que, embora o capítulo 7 dê enfoque ao mundo em geral,
o capítulo 8 se concentra sobre os acontecimentos futuros de interesse particular para Israel.
Diferenças entre os chifres pequenos de Daniel 7 e Daniel 8
Agora examinemos as diferenças específicas entre o chifre pequeno de Daniel 7 e o Daniel 8:
(CP7) associado a uma besta que representa o QUARTO império.
(CP8) associado a uma besta que representa O TERCEIRO império.
(CP7) Surge diretamente da cabeça da besta.
(CP8) Surge de um chifre já existente.
(CP7) Aparece em meio aos 10 chifres já existentes
( depois que o quarto poder se dividiu em 10 partes).
(CP8) Não nasce da cabeça do bode
(CP7) É um poder recente, novo, que
_ surge do corpo do antigo império e em meio de suas várias partes.
(CP8) Sai de um dos quatro chifres da cabeça do bode
(CP7) É um chifre que nasce de uma besta.
(CP8) É um chifre que nasce de um chifre.
(CP7) Arranca três chifres durante seu surgimento.
(CP8) Não arranca nenhum chifre durante seu surgimento
(CP7) Diz-se ser diferente dos outros 10 chifres,
_ indicando que este chifre seria um poder novo e diferente.
(CP8) Nada indica que este chifre seja novo ou diferente em maneira alguma.
(CP7) (ARAMAICO) em 7:8 se traduzem precisamente como “outro chifre, um pequeno”.
(CP8) (hebraicas) em 8:9 se traduzem precisamente como “um chifre de pequeno tamanho”.
(CP7) É “mais robusto do que seus companheiros” (v. 20).
> poder mais forte que os que estão simbolizados pelos outros 10 chifres.
(CP8) É um chifre que sai de um chifre, um “chifre de pequeno tamanho”. É insignificante quando se compara com os quatro “chifres notáveis” e o chifre original alexandrino do bode.
(CP7) Seu campo de influência é a totalidade do quarto império, pois surge da cabeça da besta e se converte no chifre dominante entre os outros dez chifres.
(CP8) Pertence somente a uma das quatro divisões do poder do bode. Sua atenção se restringe principalmente a uma província menor de uma divisão do império do bode, ou seja,
> a “terra gloriosa” do versículo 9, que é a Palestina.
(CP7) Se levanta contra “o Altíssimo” e os “santos do Altíssimo”. Estes são os santos de Deus através de todo o quarto império.
(CP8) A malevolência é dirigida contra o povo judeu, seu sumo sacerdote, os sacrifícios, e o santuário. A atmosfera e o aspecto do capitulo 8 indicam uma batalha local e levítica.
É óbvio HAVER muitas e significativas diferenças entre o chifre pequeno de Dn 7 e o de Dn 8.
_ Há também diferenças no momento em que as pontas chegam ao cenário da história.
QUANDO SURGE O CHIFRE PEQUENO DE DANIEL 8?
“De um dos chifres _ saiu um chifre pequeno, e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa” Daniel 8:9.
Daniel 8:9 diz que o chifre pequeno teria sua origem nas divisões do império de Alexandre, “no fim do seu reinado” (v. 23). Isto nos aponta a um poder que se originou no mundo grego em algum momento depois do ano 300 AC.
Roma nunca foi parte do império de Alexandre, nem se originou de uma das divisões do império grego. Roma surgiu na Itália e foi fundada no ano de 750 AC. Roma se converteu em República no ano 509 AC e não conquistou as quatro divisões do império grego. Isto é prova adicional de que Roma não surgiu de nenhuma das quatro divisões do império de Alexandre. Portanto, Roma não se encaixa no símbolo profético de um chifre que surge de um chifre dentro do império grego.
Dn 7 O “chifre pequeno” começa depois que a quarta besta se dividiu em dez reinos, o que ocorreu 476 AD (depois de Cristo) divisão da Europa de hoje
Dn 8 O chifre pequeno havia de surgir “no fim do seu reinado” (v. 23) que se refere divisão do império de Alexandre, ocorrido em 332 aC seis séculos antes do chifre pequeno de Daniel 7!
1. Roma não teve nenhum contato com os judeus senão no ano 161 AC. Como poderia o chifre pequeno haver começado sua obra no ano 457 AC, 296 anos antes de entrar em contato com os judeus?
2. Roma não importunou os judeus senão depois de que a Palestina se converteu em parte do Império Romano no ano 63 AC. Como pode o chifre pequeno “pisotear” o santuário durante quase 400 anos sem haver molestado jamais o serviço do santuário?
3. Se Roma papal é o chifre pequeno de Daniel 8 durante a última parte dos 2300 dias, que ocorreu a Roma papal em 22 de outubro de 1844? Por que não há nenhum acontecimento na história papal que coincida com o final dos 2300 dias? 4. Se Roma papal não perseguiu os judeus nem deteve os sacrifícios no ano 457 AC, e se não há nenhum acontecimento na história papal que coincida com a terminação dos 2300 dias em 1844, como podemos então, vincular Roma a esta profecia? Daniel 8 não diz que os quatro chifres foram absorvidos pelo chifre pequeno, como as quatro divisões do império de Alexandre foram absorvidas por Roma. A aplicação a Roma converte a profecia em algo bastante diferente do que indicam os símbolos de Daniel.
Quem lê o capítulo inteiro não pode deixar de ver que um acontecimento se segue ao outro.
1. O surgimento do “chifre grande” (Alexandre) ocorre primeiro
2. Governa por um tempo e é “destruído”
3. Seu império se divide em quatro novos impérios
4. O “chifre pequeno” aparece em cena DEPOIS dessa divisão!
Um acontecimento depende do outro e podemos seguir o curso deles através da história. Agora, consideremos cuidadosamente a seguinte cronologia:
1. Alexandre morreu no ano 323 AC.
2. O império de Alexandre se dividiu no ano 301 AC.
3. O chifre pequeno não poderia haver aparecido senão no cenário DEPOIS desta divisão!
Como poderia o chifre pequeno estar ativo no ano 457 AC quando a profecia não mostra que surgiria senão depois do ano 301 AC?
O CHIFRE PEQUENO DE DANIEL 8 É UM REI, NÃO UM IMPÉRIO
“Mas, no fim do seu reinado (das quatro divisões do império grego), quando os prevaricadores acabarem, levantar-se-á um rei de feroz catadura e entendido de intrigas” (8:23).
Gabriel identifica o “chifre pequeno” do versículo 9 como “um rei de feroz cara dura”. A palavra hebraica para “rei” no versículo 23 é melek, e significa “um rei, rei real” (Strong).
‘Melek’ não significa “reino, ou poder mundial, ou império”.
Gabriel usa a mesma palavra hebraica melek para identificar o chifre grande do bode, Dn 9.21
_o qual todos os eruditos bíblicos concordam que se refere a Alexandre.
Dn 8. 23 _ a palavra hebraica malkuth significa “um domínio, império, reino, reinado, reino, real” (Strong). Portanto, Gabriel fez uma óbvia distinção ao usar estas duas palavras.
Eis aqui o que Gabriel disse:
De um malkuth (domínio, reinado, império, reino) se levantará um melek (governante, rei).
Dn 8. 23, se faz referência ao REI de forma pessoal: “seu” e “ele” aparecem 10 vezes nos versí-culos subseqüentes, 24 e 25. Denotando que se refere a um indivíduo, não a um poder mundial.
SE o chifre pequeno NÃO É ROMA, ENTÃO QUEM É?
_ Há uma opinião quase unânime entre os eruditos bíblicos de todas as denominações que o chifre pequeno é Antíoco Epífanes. Ao examinar a evidência que segue, parecerá abundantemente claro que Antíoco Epífanes cumpre com exatidão todas as especificações de Daniel 8.
O ato de que o chifre pequeno começou sua obra muito antes de que Roma tivesse algum contato com os judeus, e de que o chifre pequeno surgiu de uma das divisões do império grego, pareceria eliminar Roma, pois ela não se ajusta nem ao lugar, nem ao tempo. Ademais, o chifre pequeno é descrito como um rei específico, não como um império. Portanto, como Roma não cumpre estes requisitos fundamentais da profecia, examinemos a Antíoco Epífanes para estabelecer se ele cumpre as especificações desta profecia. Examinaremos o capítulo, versículo por versículo.
“De um dos chifres saiu um chifre pequeno, e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa” (8:9).
Segundo Dan. 8:9, o chifre ataca primeiro ao sul, logo ao leste, e em seu caminho ao leste ataca a terra gloriosa.
O reino de Antíoco Epífanes se centrava na Síria, que estava situada ao norte de Israel. Note-se que, durante sua carreira, Antíoco atacou somente em direção ao sul e a leste da Síria:
Ao sul – “Antíoco entrou no Egito, e combateu (seu rei) Ptolomeu Filometor, tomou muitas cidades, e ficou em Alexandria; e com toda probabilidade haveria submetido o país inteiro, se os romanos não o houvessem detido enviando-lhe seu embaixador Popílio, que o obrigou a desistir e afastar-se”. (Gill’s Exposition). As campanhas militares de Antíoco contra o Egito são descritas em I Macabeus 1:19, 20: ocuparam as cidades fortes na terra do Egito, e ele tomou seus despojos, 143aC depois que Antíoco havia atacado o Egito, de regresso `a Síria,
_ subiu contra Israel e Jerusalém com uma grande multidão.
Ao Leste – Em direção à Armênia e Pérsia, os atrópatas na Média, e os países mais além do Eufrates, aos quais fez pagar-lhe tributo: porque estando muito perplexo, decidiu entrar na Pérsia para receber os tributos dos países, e reunir muito dinheiro. (I Macabeus 3:31).
Por esse tempo, viajando Antíoco por altas regiões, ouviu dizer que Elimas no país da Pérsia era uma cidade de grande renome por suas riquezas, sua prata, e seu ouro; e que havia nela um templo muito suntuoso, no qual havia coberturas de ouro e peitorais, e escudos, que havia deixado ali Alexandre, filho de Filipe, o rei da Macedônia, que reinou primeiro entre os gregos
(I Macabeus 6:1, 2).
A Terra Gloriosa – Antíoco atacou inesperadamente a terra de Israel, matando dezenas de milhões de judeus, na tentativa de esmagar a religião judaica.
O campo de operações de Antíoco estava precisamente nas três áreas que Daniel menciona.
Muitas das maiores conquistas de Roma foram ao norte e ao oeste dela, grandes regiões do noroeste da Europa, as áreas que agora são ocupadas pela Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Espanha e Portugal. Os romanos conquistaram as regiões noroeste da África, que agora estão ocupadas por Marrocos, Argélia e Tunísia. Roma foi claramente um poder que cresceu muito em direção ao norte e em direção ao oeste. Portanto, se ajusta a esta profecia.
Uma leitura cuidadosa de Daniel 8:9 revela que a profecia nunca o compara com outros poderes, mas somente diz que “se engrandeceu muito” nas três direções: em direção ao sul, em direção ao leste, e em direção à terra gloriosa. Antíoco não foi um chifre grande em um cenário grande. Foi um chifre pequeno que desempenhou um grande papel em um cenário pequeno. Sua conquista do Egito e seu ataque contra o judaísmo podem certamente ser descritos como “extremadamente grande” no cenário da história do Oriente Médio durante este período. Pode-se argumentar que, de todos os inimigos do judaísmo, Antíoco Epífanes foi o que esteve mais perto de extirpar a religião. Seu ataque contra o judaísmo somente pode ser descrito como “extremadamente grande”.
Examinemos agora o versículo seguinte de Daniel 8:
“Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou” (8:10).
Este versículo não está falando de seres celestiais, porque nenhum império, nem sequer Roma, lançou por terra seres celestiais. Tanto a Bíblia como os apócrifos judeus usam uma linguagem similar para descrever os sacerdotes e governantes do povo hebreu. Eis aqui alguns exemplos:
· Os filhos de Jacó são descritos no sonho de José como estrelas. (Gênesis 37:9)
· Isaías 24:21, os governantes judeus são chamados “no céu, as hostes celestes
· Em II Macabeus 9:10, se descreve a Antíoco como “o homem, que pensou um pouco antes que poderia alcançar as estrelas do céu. . .”
Albert Barnes, em suas Notas sobre Daniel, explica:
“A alguns do exército e das estrelas lançou por terra”. O chifre pequeno pareceu crescer até às estrelas e retirou-as de seus lugares e as lançou por terra. Em cumprimento disto, Antíoco derrubou e pisoteou os príncipes e os governantes e a hoste santa, o exército de Deus. Tudo o que se entende aqui se cumpriu com o acréscimo do que ele fez ao povo judeu. Ver I Macabeus 1 e 2 , Macabeus 8:2. “E lhes extirpou” com indignação e desapreço. Nada poderia expressar melhor a conduta de Antíoco com relação aos judeus. (pág. 345)
Agora examinemos o versículo seguinte de Daniel 8:
“Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício costumado e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo” (8:11).
Quem é “o príncipe do exército?” Strong define “príncipe” (sar) como “cabeça, capitão, chefe, general, governante, guarda, senhor, amo, príncipe, soberano, administrador”. Portanto, o chifre pequeno se engrandeceria contra o cabeça, capitão soberano do exército. Antíoco fez isto literalmente durante o seu governo, quando o sumo sacerdote Onias foi exilado e, mais tarde, assassinado da maneira mais cruel.
Ademais, Antíoco de maneira figurada se engrandeceu contra o mais poderoso príncipe dos exércitos, Deus mesmo. A alcunha Theo Antíoco o declarava como o esplendor radiante, em forma humana, do divino, um deus manifestado em carne (ver, The House of Seleucus, de Edwin Bevan, Tomo 2, p. 154).
Antíoco Epífanes lançou um cruel ataque contra o santuário judeu e a religião judaica, com o intento de fazer desaparecer a religião judaica. Proibiu o sacrifício costumado de cordeiros, e profanou o santuário. O livro de Macabeus descreve como foi tirado o sacrifício costumado e como foi desolado o santuário:
'E em sua arrogância, entrou no santuário e tirou o altar de ouro e o candelabro e todo o mobiliário. . . ' (I Macabeus 1:21).
O ataque de Antíoco contra a religião judaica foi a pior crise que enfrentaram os judeus entre o cativeiro babilônico no ano 606 AC. e a destruição de Jerusalém no ano 70 D.C. . Depois de dois anos, a situação no santuário piorou:
'E derramaram sangue inocente por todo lado do santuário, e profanaram o santuário mesmo. . . . O santuário se converteu em um deserto desolado. . . ' (I Macabeus 1:37, 39).
O objetivo de Antíoco era destruir a religião judaica e fazer com que todo o povo da Palestina se unisse e adotasse sua religião pagã sob pena de morte. Ordenou: 'Então o rei escreveu a todo o reino dizendo que todos deveriam ser um só povo e que cada um deveria renunciar a suas práticas pessoais. . . e suspender as ofertas vivas e os sacrifícios e as libações no santuário. . .'
(I Macabeus 1:41, 42, 45).
Agora examinemos o versículo seguinte de Daniel 8:
“O exército lhe foi entregue, com o sacrifício costumado, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou” (8:12).
A Bíblia diz que estas calamidades vieram sobre os judeus “por causa das suas transgressões”. Em outras palavras, foram os pecados dos judeus que trouxeram sobre eles essa calamidade. Foram os judeus os que de fato tomaram a iniciativa de helenizar Jerusalém. Uma delegação de judeus proeminentes veio a Antioquia, pouco depois que Antíoco assumiu o poder, pedindo permissão para converter Jerusalém em uma Antioquia e levantar o sinal distintivo de uma cidade helênica - o ginásio. Mais tarde, depois que Antíoco deu posse a seu próprio sumo sacerdote, o ginásio foi construído e logo fervilhavam jovens sacerdotes, que perseguiam o ideal helênico de força e beleza física. (Ver, Bevan, The House of Seleucus, tomo 2, pp. 168-181).
Agora examinemos os versículos seguintes:
“Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do costumado sacrifício, e da transgressão assoladora, visão na qual era entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (8:13, 14).
as palavras hebraicas para “dia” (yowm e yamim) não aparecem no versículo. As palavras traduzidas como “dias” (ereb boqer) significam literalmente “tardes e manhãs”. Tendo em consideração que o contexto do versículo mesmo fala do costumado sacrifício no templo, que tinha lugar cada manhã e cada tarde, a única conclusão razoável é de que este versículo está falando do sacrifício diário do templo. Certamente seria temerário aplicar o princípio de “dia por ano” a todas as profecias em que se fala de “dias”.
· Jonas disse que Nínive seria destruída em 40 dias (Jonas 3:4),
· Em Gênesis 3:6, Deus disse que haveria um período de 120 anos antes do dilúvio,
A profecia dos 2300 dias teve um assombroso cumprimento durante o terrível reinado de Antíoco. Poderia ser dito que Deus previu esta terrível ameaça 400 anos antes do ocorrido, e enviou uma mensagem a Daniel para que consolasse e assegurasse a Seu povo que Ele lhes daria finalmente a vitória? Assombrosamente, Deus disse aos judeus precisamente por quanto tempo seria profanado o seu santuário: 2300 sacrifícios da tarde e manhã seriam suspensos enquanto o santuário era profanado.
Considerando que o ano judaico teria 360 dias, 2300 dias resultam em seis anos, três meses e vinte dias. Este período de tempo começou no
dia quinze do mês de Cisleu, no ano 145 dos selêucidas, no qual Antíoco estabeleceu a Abominação Desoladora no altar de Deus:
No quinto e vigésimo dia do mês faziam sacrifícios sobre o altar do ídolo, que estava sobre o altar de Deus (I Macabeus 1:59).
Este foi o princípio de intenso sofrimento para os israelitas que decidiram permanecer fiéis a Deus. Judas Macabeu se sentia ultrajado pela injustiça que se estava cometendo contra o santuário de Deus:
'Ai de mim! Por que nasci para presenciar a ruína de meu povo e a ruína da santa cidade, e para estar sentado enquanto é entregue a seus inimigos e o santuário à estrangeiros? Seu templo veio a ser como um homem em desgraça. . . . Eis que nosso santuário e nossa beleza e nossa glória caíram assolados e os pagãos os profanaram' (I Macabeus 2:7, 8, 12).
Macabeu se levantou e iniciou uma revolta contra Antíoco. Durante mais de três anos, lutou e combateu contra Antíoco. Finalmente, o período de 2300 dias terminou com sua vitória sobre Nicanor, no dia 13 do mês de Adar, ano 151. Isto se encaixa com os 2300 dias como havia predito Daniel. Na realidade, os judeus desse período reconheceram estes acontecimentos como um cumprimento direto de Daniel 8.
Depois de sua vitória, quando Judas entrou em Jerusalém, encontrou “o santuário assolado”. (I Mac. 4:38) Imediatamente, deu instruções para que o santuário fosse reconstituído e purificado para que pudesse ser usado novamen-te para os serviços sagrados (Mac. 4:41-51). Os judeus comemoravam o triunfo de Judas comemorando anualmentea Festa da Dedicação (o “Hannukkah”).
O Salvador honrou esta festividade com a Sua presença (João 10:22).
O Santuário foi “purificado” por Judas Macabeu quando limpou os lugares santos, santificou os átrios, reconstruiu o altar, renovou os utensílios do santuário, e pôs tudo em seu devido lugar: 'Então Judas designou a certos homens para combater os que estavam na fortaleza, até que houvesse purificado o santuário. Escolheu sacerdotes de irrepreensível conversação, que se contentavam na lei, os quais purificaram o santuário e lançaram as pedras contaminadas em um lugar impuro. Quando consultados sobre o que fazer com o altar do holocausto que havia sido profanado, lhes pareceu melhor derrubá-lo para que não fosse reprovado por eles por causa de haver sido profanado pelos pagãos. Assim, o derrubaram e puseram as pedras em um lugar conveniente na colina do templo, até que viesse um profeta e lhes mostrasse que fazer com elas. Logo tomaram pedras inteiras de acordo com a lei, e levantaram um novo altar como o anterior e construíram o santuário e fabricaram as coisas que havia dentro do templo e santificaram os átrios. Também fabricaram taças novas e trouxeram ao templo o candelabro e o altar do holocausto e o de incenso e a mesa. E queimaram incenso sobre o altar, e acenderam as lâmpadas que estavam sobre o candelabro para que iluminassem o templo. Ademais, puseram os panos sobre a mesa, e estenderam os véus e terminaram todas as obras que haviam começado a fazer' (I Macabeus 4:41-51).
Desta maneira, podemos ver um impressionante cumprimento da profecia quando Judas Macabeu purificou e recuperou o santuário de Deus.
Que significa “purificado”?
Ao final da profecia dos 2300 dias o santuário seria purificado. A palavra hebraica para “purificado” é usada 41 vezes no Antigo Testamento, em Daniel 8:14 é a única vez que se traduz como “purificado”.
Na realidade, a palavra significa “recuperar” ou “justificar”. ( definição de Strong)