A maioria de nós passa mais tempo no trabalho do que em qualquer outro lugar. Ali, precisamos interagir com pessoas para que as tarefas sejam feitas, suportar colegas, satisfazer clientes e contribuir para que as metas da organização sejam atingidas. Entretanto, nem todas as pessoas são fáceis para se trabalhar com elas. Todavia, Jesus Cristo nos diz que amar a Deus necessariamente significa amar nosso próximo – mesmo aqueles que poderíamos considerar mais como inimigos (Mateus 5:43-48). E a qualidade do amor que Ele requer que estendamos ao nosso próximo é radical:
'Ame o seu próximo como a si mesmo...” (Marcos 12:31).
Amar alguém da mesma maneira que amamos a nós mesmos essencialmente significa cuidar das necessidades dos outros com o mesmo senso de urgência e tenacidade com que buscamos satisfazer nossas próprias necessidades.
Jesus moldou este amor por nós ao longo de Seu ministério e, por fim, na cruz. Ele compreendeu mais do que ninguém o preço que devemos pagar para amar as pessoas com a mesma intensidade com que amamos a nós mesmos. “Agora Meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-Me desta hora? Não; Eu vim exatamente para isto, para esta hora.” (João 12:27).
Sendo assim, como podemos praticar e amar as pessoas, especialmente quando isso é difícil? Considere estas duas práticas da próxima vez que você encontrar alguém numa situação assim desafiadora:
1- Olhe primeiro para dentro. Olharmos para dentro de nós mesmos em primeiro lugar, quando encaramos conflitos, exige coragem. Em situações de muita pressão, a maioria das pessoas olha para fora. Elas encontram razões fora delas mesmas para seus problemas. Elas culpam os outros ou a situação, procurando por desculpas. Entretanto, o Senhor nos pede que olhemos para dentro de nós. Devemos assumir pessoalmente a responsabilidade pelo que está acontecendo e pelo que necessita ser feito, mesmo quando as circunstâncias ou as outras pessoas tenham uma clara participação no episódio.
Quando enfrentar situações ou pessoas difíceis, pergunte a si mesmo: “O que fiz para ajudar a criar a situação e o que eu, pessoalmente, preciso fazer a respeito disso? O apóstolo Paulo serviu de modelo para tal comportamento ao lidar com conflitos dentro da Igreja. Primeiro, em seus escritos, ele disse que se considerava “...o menor dos apóstolos e nem sequer mereço ser chamado apóstolo...” (I Coríntios 15:9). Mais tarde, Paulo se referiu a si mesmo como o pior dos pecadores (I Timóteo 1:15). O apóstolo tinha uma aguda percepção de si mesmo. Conhecer a nós mesmos nos capacita a fazer escolhas conscientes e intencionais quanto à forma pela qual reagimos às pessoas e situações.
2-Trabalhe com compaixão. Compaixão pode ser definida como “empatia em ação”. Estarmos abertos aos outros nos capacita a enfrentar tempos difíceis com criatividade e resiliência. A empatia nos leva a nos conectarmos com as pessoas. Isto nos ajuda de forma poderosa e eficiente a cumprir nossas tarefas e lidar com o estresse e os sacrifícios inerentes à liderança. Requer-se de nós que nos importemos o bastante para querer aprender sobre as outras pessoas, sentir o que elas sentem, ver o mundo da forma como elas o veem, e então, fazermos alguma coisa com aquilo que aprendemos.
3- obs do site: faça sem esperar nada em troca, nem ao menos o reconhecimento de seus esforços: A parte mais desafiadora de se trabalhar com compaixão é que não podemos supor ou esperar que igual troca de compaixão seja direcionada a nós. Compaixão significa dar altruisticamente. Encontramos essa capacidade de compaixão em Jesus, que disse na cruz enquanto olhava para as pessoas que O crucificavam: “...Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo...” (Lucas 23:34). Que pedido extraordinário!
Próxima semana tem mais! @2017 - Mike Reading é diretor do Workmatters Institute, ministério voltado para o mercado de trabalho e que capacita jovens profissionais a desenvolver uma paixão pelo trabalho centrada em Cristo. É bacharel pela Universidade Batista Ouachita, fez mestrado em Estudos Bíblicos no Seminário Teológico Dallas e doutorado pela Bakke Graduate University. Para saber mais sobre o Workmatters, visite workmatters.org. Tr adução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com).